A Chapecoense, que sofreu um trágico acidente aéreo nesta terça-feira (29), terá uma dura missão pela frente nos próximos anos. Ivan Tozzo, vice-presidente do clube, que decidiu não viajar com a equipe para a Colômbia em cima da hora, teve dificuldades para encontrar palavras para explicar o momento, mas prometeu força para reconstruir o time do zero.
"Estou aqui desde as 3h30 da manhã... Não é fácil receber essa notícia. É muito difícil ver tudo isso e não poder fazer nada. É muito difícil de aceitar. Eu vi esse clube crescer, e hoje eles se foram", disse o mandatário em entrevista à FOX Sports. "Me pediram para ir junto, mas resolvi ficar. Me passou algo na cabeça, algo que não estava legal, mas não que sentisse que o avião iria cair", completou.
Tozzo também prometeu confortar as famílias para, depois, começar a reconstrução da Chapecoense. "Temos que abraçar as famílias e dar conforto para quem ficou. Essa é a meta. Depois, vamos começar de novo, construir nosso clube. Vamos continuar em frente, vamos dar alegria de novo para esse clube. Perdemos tudo, mas vamos começar do zero. É muito difícil, mas Deus sabe o que faz", acrescentou.
O vice-presidente ainda aproveitou para agradecer o apoio dos clubes brasileiros. "Não sei o que vai ser daqui para frente. Gostei do apoio dos clubes, disso de emprestar jogadores, já que nos restou apenas cinco ou seis, que estão no departamento médico. Falei com muita gente hoje, dei entrevista para o mundo inteiro. Todo mundo está nos dando apoio, isso que nos dá força".
Sobre o possível velório, Tozzo não conseguiu confirmar quando acontecerá, mas disse como gostaria que acontecesse. "Os médicos vão lá para identificar os corpos junto com o pessoal da Colômbia. Todos já estão com a documentação certa. De lá, vai vir um avião da FAB para trazer as pessoas de lá. Na sequência, queremos fazer um funeral aqui no Índio Condá (Arena Condá). Mas não temos previsão, não sabemos quando eles vão retornar de lá", finalizou.(esporte.uol)