O Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – divulgou nesta segunda-feira (30) que encerrou o ano de 2016 com o pior déficit primário da história, com o resultado negativo de R$ 154,255 bilhões. Em 2015, o déficit foi de R$ 114,741 bilhões, mais de R$ 40 bilhões a menos que no ano passado.
O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública. Apenas no mês de dezembro de 2016, o Governo Central registrou déficit de R$ 60,124 bilhões. Foi o segundo pior índice do mês, perdendo apenas para dezembro de 2015, quando o déficit foi de R$ 60,633 bilhões.
Apesar de ser o pior já registrado, o déficit primário ficou abaixo da meta revisada, de R$ 170,5 bilhões, estabelecida para o Governo Central 2016. De acordo com o portal Agência Brasil, o principal fator que ajudou o governo a ficar dentro da meta foi a regularização de ativos no exterior, que arrecadou R$ 46,7 bilhões no ano passado.
Em 2016, as receitas líquidas do Governo Central caíram 4,1% descontando a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As despesas totais também caíram: 1,2% descontado o IPCA. O principal fator que pressionou as contas públicas em 2016 foram os gastos com a Previdência Social, que aumentaram 7,2% acima da inflação do ano passado. Os gastos com o funcionalismo público caíram 0,5% descontado o IPCA. Já as demais despesas obrigatórias caíram 22,5% também descontada a inflação.