O dia de Cosme e Damião, 27 de setembro, está se aproximando e os fãs da culinária afrobrasileira ficam cada vez mais ansiosos pelos famosos carurus dessa época. Mas é necessário ter cuidado com a comilança. A nutricionista da Vigilância Sanitária, Gilmara Sodré, alerta para a necessidade de observar os ingredientes antes de comprar. A aparência dos alimentos, informações dos rótulos e procedência dos produtos são pontos importantes nessa hora.
“O leite de coco e azeite de dendê, por exemplo, tem um aspecto muito particular, vai depender de onde foi fabricado, por isso a importância de verificar no rótulo a data de validade, informações do fabricante e o selo de liberação da Anvisa”, pontua Sodré, conforme nota enviada pela prefeitura.
A atenção deve ser redobrada com o quiabo e camarão seco que, normalmente, é vendido em cestas e espaços avulsos de embalagem. “O estabelecimento deve garantir a higiene do local. Produtos no chão, mesmo que em cima de plásticos, produtos secos, mas que estão amontoados e lixeira sem tampa oferecem risco à saúde do consumidor e compromete a conservação desses alimentos”, afirma a sanitarista.
O consumo tanto do camarão quanto do quiabo com uma origem desconhecida representa um grande risco para saúde do consumidor, já que no processo de defumação, alguns produtores clandestinos utilizam substâncias químicas que podem causar sérios danos, além de adulterar e descaracterizar o produto.
Para evitar situações desse tipo, a Vigilância Sanitária intensifica a fiscalização nas principais feiras da cidade, como São Joaquim.
Além da qualidade dos ingredientes, também é bom lembrar que o camarão, castanha e glúten, presentes no caruru de Cosme e Damião, podem causar alergias. Mesmo quem não tem restrição alimentar, não deve esquecer que os produtos que compõem esse tradicional prato são gordurosos e devem ser consumidos com moderação, conforme sugere a nutricionista. (A Tarde)