Depois de ter sido hostilizado em um voo de carreira que ia de Brasília para Cuiabá no último sábado (27), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar da capital mato-grossense até São Paulo, na tarde da última segunda-feira (29).
Apesar de o site da FAB divulgar que o ministro decolou às 13h05 de Cuiabá e aterrissou às 17h30 em Congonhas, não há registro do motivo que levou Gilmar, que também preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a usar uma aeronave oficial para o deslocamento.
Já os outros voos registrados na mesma data tinham justificativas como "residência" ou "serviço". Também no site, no espaço destinado à autoridade que utilizou o serviço da força aérea, aparece apenas como "à disposição do Ministério da Defesa Transporte do Presidente do TSE".
Ao jornal Folha de S. Paulo, a assessoria de imprensa de Gilmar afirmou que a solicitação foi feita à FAB por não haver voos de carreira disponíveis no trajeto para que ele cumprisse um compromisso no Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo, marcado para o fim da tarde de segunda. A assessoria disse ainda que a demanda não foi feita, em momento algum, sob a justificativa de segurança.