Empresário diz ter pago R$ 1 milhão em propina a amigo de Temer



O empresário Marcelo Castanho, dono da agência de propaganda Alumi, afirmou ter feito o pagamento de R$ 1 milhão em propina para a Argeplan, empresa do coronel João Batista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer (MDB) há mais de 30 anos. A PF investiga se o valor foi repassado ao emedebista.

Em depoimento à Polícia Federal no dia 13 de julho, o publicitário revelou que o objetivo era vencer o contrato de exploração de publicidade no Aeroporto de Brasília, em 2014. O caso foi revelado neste sábado (25) pelo jornal O Globo.

Ele foi ouvido pelo delegado Cleyber Malta Lopes, responsável pelo inquérito que apura um suposto esquema entre o governo e companhias do setor portuário, que teriam repassado gratificações ilegais em troca de um decreto do presidente, no ano passado.

De acordo com Castanho, ele teria dito que não faria pagamento sem nota fiscal nem firmaria contrato que não justificasse o montante e, dias depois, recebeu um e-mail com a orientação do então presidente da Inframerica José Antunes Sobrinho, com quem tinha parceria, de que deveria resolver o problema com o “Doutor Lima”.

O empresário afirma que, quando recebeu a documentação, no entanto, ela estava em nome da PDA – Projeto e Direção Arquitetônica e não da Argeplan. A PDA pertence ao Coronel Lima e à mulher dele, Maria Rita Fratezi.

A defesa de Temer nega qualquer participação do presidente na celebração de contrato entre duas empresas privadas. Já João Batista Lima Filho e Maria Rita Fratezi refutaram “veementemente” as acusações e afirmaram não ter cometido qualquer ato ilícito.

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